Queria compartilhar dois partos que eu acompanhei. Um foi numa sexta e o outro, dois dias depois, no domingo. Nos dois, as gestantes estavam em trabalho de parto, sem bolsa rota, tudo caminhando de forma parecida.
O primeiro em um hospital comum com um médico comum, o segundo em um hospital com um quarto para parto humanizado e uma médica não tão comum assim.
No primeiro, entra uma enfermeira com a glicose na mão e já vai perguntando há quantas horas a "maezinha"está em jejum e coloca a glicose na veia, já limitando os movimentos da parturiente. No segundo, entra a médica e fala pra gestante que acabou de pedir uma sexta de frutas, castanhas e mel para ela poder comer sempre que sentir fome. A diferença já começa por aí.
Bom, já podemos perceber que a condução dos dois partos se deu de forma totalmente diferente.
No primeiro, entre 7 e 9 da manhã, a gestante dilatou de 3 para 7 centímetros e como de 9hs as 11hs o colo não dilatou muito, o médico chegou com um gráfico, vindo de não sei onde e disse que teria que induzir com ocitocina, já que a dilatação não estava acompanhando o gráfico, como se fossemos todas padronizadas. E assim o fez. Além disso, forçou duas dilatações com a mão durante o toque que fez na parturiente. Uma violência, ela se contorcia de tanta dor. Conclusão, o colo inchou, ela ficou exausta, pois com essa indução as contrações são muito mais fortes e acabou pedindo um cesárea no fim do dia.
Já no segundo parto, onde foi respeitado o corpo e o tempo da gestante, acompanhando o bem estar desta e do bebê, o parto se deu de forma natural, lindamente.
Depois destes, acompanhei mais dois partos onde a mulher foi totalmente respeitada.
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